domingo, 3 de setembro de 2017

Ficar velho antes de ficar rico. Eis o problema

De fato, qualidade de vida e bem estar acima dos 60 existe se existe dinheiro pra isso. Dinheiro para: alimentação adequada, atividade física, lazer, manutenção pessoal, atividades para autorrealização e conhecimento. Conseguem enxergar isso tudo sem dinheiro? E como ter tal dinheiro para tudo isso num país que “antes de se tornar avançado, o Brasil já pode estar estagnado” – de acordo com a Exame?
Eis uma reflexão que merece resposta pensada de forma coletiva. Afinal de contas somos mais de 14 milhões de desempregados dentre 207 milhões de brasileiros. E dentre estes 207 milhões, temos mais de 30 milhões de pessoas acima dos 60 anos – o que representa pouco mais que 14% da população (dados do Portal Brasil em dezembro de 2016).
Outro dado interessante da mesma época aponta que o nível de ocupação destas pessoas caiu. O que pode representar aumento da dependência da população. Sem dizer que o número de jovens contribuintes é pouco frente à demanda.
De acordo com o BID e IBGE a projeção para 2055 ( daqui a 38 anos) é que “o número de pessoas acima de 60 anos no Brasil ultrapasse o de jovens até 29 anos, passando de 13 para 51 milhões”. Esse fenômeno tem forte relação com a redução da natalidade que assistimos cada vez mais desde a década de 60 e também com o aumento da mortalidade dos jovens. As mesmas projeções apontam que 40% dos idosos aposentados dependerão não só de suas aposentadorias mas também da situação econômica de suas famílias. Assim, compreendemos a redução da população economicamente ativa, nos fazendo pensar nas possibilidades que a Previdência poderá oferecer a quem irá depender dela.
E para completar, sabia que 25% dos aposentados do país hoje, trabalham? Sim! São cerca de 4 milhões e 600 mil pessoas aposentadas trabalhando! Resta saber se é pra completar renda ou é por prazer.
Bem minha gente, o fato é que perdemos o fio da meada quando haviam muitos jovens com idade para trabalhar e não houve uma educação social voltada para longevidade. Hoje temos o fenômeno dos “baby-boomers 60+” mas num país que ainda não ficou rico.
Temos ou não temos que nos reinventar? Pensar, refletir, dialogar sobre como queremos envelhecer? E antes disso… como oferecer suporte aos que envelheceram sem ter ao menos visualizado que é preciso preparo? E que se possível tenhamos um estoque de recursos para um envelhecimento digno e com qualidade de vida. E que essa iniciativa não dependa do governo somente, mas sim de cada um de nós. Da nossa visão para a vida, da nossa inteligência individual e coletiva!

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