segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Se você quer largar o cigarro, esta planta elimina a vontade de fumar

Embora todos estejam conscientes dos efeitos negativos do tabagismo, parar esse hábito é um um grande desafio para a maioria.
A nicotina é uma das principais razões pelas quais pessoas continuam fumando, pois ela é substância do cigarro  responsável pela dependência.
Depois de alguns cigarros, o corpo se acostuma com nicotina e torna-se incapaz de funcionar normalmente sem a nicotina.
Por uma necessidade irracional, quanto mais você fuma, mais nicotina você precisa para seu corpo se sentir bem.
Quando o corpo não consegue obter a nicotina necessária, o fumante anseia desesperadamente por cigarros e fica inquieto.
Esta condição é conhecida como abstinência e leva um certo período de tempo para ser superada.
Embora os sintomas físicos normalmente desapareçam depois de alguns dias, o desejo pode permanecer por um período mais longo.
Se você está determinado a deixar de fumar, este artigo vai ajudá-lo.
Ele vai revelar o que poucos sabem: uma planta que tem o poder de destruir a ânsia pelo cigarro.
Qual o nome dessa planta?
Como usá-la para combater a vontade de fumar?
É isso que você vai saber agora.
A estévia (Stevia rebaudiana) é capaz de diminuir o desejo pelo cigarro.
Esta planta faz parte da família do crisântemo.
Ela é originária do Paraguai e é muito usada como um adoçante natural.
Aqui no Brasil, a estévia é mais facilmente encontrada na forma de pó oi líquido, em lojas de produtos naturais e bons supermercados.
A terapia antitabagismo com estévia é fácil.
Basta aplicar algumas gotas de estévia sobre a língua cada vez que sentir o desejo de fumar.
Por incrível que pareça, este truque simples é extremamente eficaz em eliminar qualquer desejo por cigarro.
Se puder conseguir as folhas frescas de estévia, melhor ainda: simplesmente mastigue uma quando vier a vontade.
Mas não exceda a dose de oito folhas por dia.
No caso de usar estévia liquida (industrializada), é muito importante averiguar se o produto é natural e 100% estévia, pois há muitas marcas que usam misturas no mínimo duvidosas.
Importante!
É muito raro, mas existem pessoas que são alérgicas à estévia.
Se este for o seu caso, não consuma esta planta.
Este é um blog de notícias sobre tratamentos caseiros. Ele não substitui um especialista. Consulte sempre seu médico.

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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Falamos com várias avós sobre como era sua vida sexual

Se você está aqui é porque sua avó transava com seu avô. Como eles faziam? Elas nos contam


Ajudei minha avó Juana a tomar um banho. Para ela, tudo que havia entre as pernas, na frente e atrás, se chamava bunda. Virei-me, dando-lhe intimidade para que se lavasse. Ela então disse, com aquela franqueza cômica com a qual tratava os temas sexuais: "De tanto ter filhos, não tenho buracos separados. Acho que tenho um só grande por onde sai tudo junto. Eu não sei muito bem o que tem aí, porque nunca vi".
Imaginei minha avó, atrás de mim, com um poço insondável entre as pernas. Esse poço era, na realidade, uma lagoa de repressão e desconhecimento. Minha avó me disse, certa vez, que ela "não se entendia muito bem" com meu avô. Mesmo assim, muitos pontos de sua vida se atêm à norma social da época. O corpo como ente impuro, maldito segundo as palavras da Igreja, o olhar de Cristo e da sociedade sempre presentes, a mão que afasta a do noivo, a virgindade, o sangue e a ameaça de pecado constante, tudo isso confluindo nesse buraco de mistério.

O primeiro problema

Assim a mãe de Angelita chamou a primeira menstruação de sua filha. Esta mulher de 90 anos, nascida em Badajoz, recorda o cheiro do quarto quando sua mãe as proibia de tomar banho nesses dias. "Às vezes, se havia baile e estávamos com o sangue, não nos deixava ir." As regras eram o primeiro aviso de perigo. Seu corpo se tornava um templo que você devia proteger. Mas, como é possível ser guardiã de um templo se você não sabe que tipo de perigos pode enfrentar?
Carmen Baladrón, espanhola de Madri, de 70 anos, afirma: "Tudo era muito cru, porque éramos ignorantes, escravas do 'você logo vai saber'". Como tudo o que se relaciona aos processos do corpo, a menstruação era um tema das saias para dentro. Meryl Velasco, de 67 anos, nascida em Donostia, lembra cenas que encheram sua infância de mistério: "Minha tia fez uma bata para minha mãe e esta lhe disse: 'Esta cor tão clara não me convence; pode manchar, você já sabe de quê'. Ao ver que eu estava escutando, cortaram a conversa".

Flertar


Carmen Baladrón expõe a falsa moral da Igreja: "Um padre nos mandou ir a sua casa para pegar os resultados de um exame de religião. Meu pai, quando soube, foi conosco. O padre ficou assustado ao vê-lo. Veja só, o que o padre ia querer para nos mandar ir buscar os exames em sua casa?". A família, sem saber que o caçador estava tão perto, formava uma jaula de proteção e vigilância em torno da pureza da jovem. "Pouco antes de me casar", lembra Meryl, "fui uma noite com meu noivo arrumar o apartamento que tínhamos comprado. Quando voltei para casa, meu pai caiu em cima de mim, e me chamou de puta para cima".
Esse verbo carregado de maldade, flertar, foi o que usaram as freiras do colégio para informar o pai de Mari Carmen Grande que sua filha passeava com meninos ao sair do colégio. A Igreja, guardiã da moral na Espanha franquista, se encarregava de ficar de olho em cada um de seus fiéis, apesar de nesse caso se tratar de uma criança de doze anos que ainda não sabia de onde vinham os bebês. No entanto, uma espécie de força invisível fazia as meninas temerem o simples contato. Meryl Velasco lembra que quando criança nunca tinha tido uma conversa com um menino que não fosse de sua família. "Se um menino me pegava pela mão, sentia até enjoo."
A nonagenária Angelita ri lembrando seu primeiro beijo, que deu em quem foi seu marido, falecido há 30 anos. "Você não vai acreditar, mas foi no dia do casamento, na frente da família. Pensei: que beijo mais difícil".
Teresa, trinta anos mais jovem que Angelita, viveu uma realidade mais aberta do que a normal. Mudou para Madri saindo de sua Soria natal, e compartilhava um apartamento com amigos. É a única de todas as entrevistadas que lembra de falar com amigos sobre sua vida sexual. Para as demais entrevistadas, de uma forma natural, o muro entre vida íntima e vida social ficava claramente delimitado. Sobretudo em um assunto tão delicado como 'a entrega da flor'.

A flor

Carmen Baladrón ri quando lhe pergunto por sua perda da virgindade: "Meu marido dizia brincando: 'Há quem case por ter transado. E eu me caso para transar, porque esta mulher não me deixou provar nada'". Mari Carmen Grande concorda com ela: "Era preciso morrer virgem e mártir. E minha mãe era muito dura com isso, de escopeta e cachorro, como costumo dizer".



Havia algumas mais informadas que outras, mas, para quase todas as entrevistadas, ao se casarem, o véu que ocultava tanto mistério era tirado. A nonagenária Angelita lembra que, na hora H, com seu marido "eu fechava as pernas com força. Pensava que era impossível que aquilo coubesse em mim. Eu nunca tinha colocado nem o dedinho ali dentro, então você já imagina o que era pensar no membro".
Tanto Meryl como Teresa concordam no choque que tiveram ao ver pela primeira vez um pênis ereto. "Eu nunca tinha visto um pinto duro", reconhece Teresa, "e lembro que não conseguia parar de rir." Meryl fala sem rodeios de sua inocência naquele momento: "Não sabia nem onde tinha que enfiar as coisas, se você me entende. Era tudo muito confuso. Foi também muito bonito. No dia seguinte fomos viajar de lua-de-mel para as ilhas Canárias, na Espanha, e eu não conseguia olhar ninguém na cara, porque me parecia que conseguiam ver nos olhos que tinha transado".

Uma aspirina

Este era, segundo Angelita, um método anticoncepcional: "Uma aspirina bem apertada entre os joelhos. E que não caísse". Cecilia Novella, cubana residente em Valência, nascida no dia em que começou a Segunda Guerra Mundial, chegou à Espanha com 17 anos para estudar medicina. Vinda de um universo mais liberal, observava com curiosidade a repressão espanhola. Nunca se casou e teve uma vida sexual livre, sendo uma das pioneiras do DIU. Lembra-se dessa Espanha obscura, na qual, na aula de Anatomia, o professor anunciou: "Amanhã as meninas não venham para a aula, que vamos dar a lição do aparelho sexual masculino".
Carmen Baladrón reconhece que a contracepção era um pântano de desconhecimento: "Não usávamos nada, até que um amigo nos trouxe da França uns comprimidos que eram colocados na vagina. Era muito incômodo, então dávamos marcha ré. Íamos às cegas".

A gravidez indesejada fora do casamento era um fantasma que pairava sobre os jovens. Teresa Plaza estremece ao lembrar quando acompanhou uma amiga para abortar: "Era um apartamento comum, no meio de Madri, onde uma senhora fazia abortos sem nenhuma condição higiênica". Mari Carmen Grande lembra de uma colega que ficou grávida solteira. "Tinham sido colocada para fora de casa, então a acompanhei para dar à luz. Vi-a absolutamente perdida, enlouquecida com sua situação. Você podia se tornar uma pária social."

Seu prazer é seu

Angelita morre de rir quando lhe digo essa frase feminista. "Antes se fazia amor para fazer filhos ou quando dava vontade no marido. Agora se diz que é muito importante que a mulher esteja contente. Eu não sei se tive o gosto pelo sexo, o que se sente. Acho que uma vez ou outra sim".
Meryl lembra as primeiras sensações daqueles anos: "Havia vezes, antes de você se casar, que beijava e trocava carícias com seu namorado, e você sabia que se continuasse por aí um raio te fulminaria: de um lado, na cabeça por fazer errado, e no baixo ventre porque, se continuasse, era isso o que ia acontecer". E lembra com um sorriso o longo caminho percorrido: "Éramos autodidatas. Até que não nos saímos mal para a pouca ideia que tínhamos". Teresa concorda, mas reforça um dado, fundamental para ela: "Nossa liberdade, quase o tempo todo, consistia em saber mentir, inclusive às vezes para si mesma. Você aprendia a mentir aos dez anos e não parava mais. Era nossa única arma".
Este texto foi publicado em Tentaciones, revista do EL PAÍS.

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domingo, 19 de fevereiro de 2017

As principais semelhanças e diferenças entre a menopausa e a andropausa

A meia idade é um período de muitas mudanças para todos. A proximidade da aposentadoria, a saída dos filhos de casa, o começo de uma fase mais sossegada e mudanças no corpo acabam mexendo tanto com homens quanto com mulheres.
É nessa fase da vida que ocorre uma mudança hormonal significativa para ambos os sexos: a andropausa para os homens e a menopausa para as mulheres. Hoje vamos falar um pouco da relação entre ambas e as semelhanças e diferenças entre elas.

O que é a andropausa?

andropausa é o período da vida do homem em que há uma redução considerável na produção de testosterona em seu organismo e que apesar de afetar uma boa parte da população masculina, não necessariamente afeta a todos eles.

O que é a menopausa?

A menopausa é o período da vida da mulher em que há uma redução considerável na produção de estrogênio e progesterona, fazendo com que elas parem de menstruar e de ter período fértil.

Semelhanças entre menopausa e andropausa

A semelhança mais comum entre a andropausa e a menopausa é a redução drástica na produção hormonal responsável pela vida sexual de ambos.
Ambas as transformações ocorrem no início da meia idade, começando a se manifestar aproximadamente após os 40 anos e acabam afetando bastante a vida pessoal e profissional de homens e mulheres.
Além disso, por se tratarem de hormônios sexuais, eles afetam diretamente esse aspecto da vida de ambos, principalmente em relação a libido.
Tanto a andropausa quanto a menopausa também são acompanhadas de uma série de sintomas que podem aparecer em maior ou menor intensidade e que envolve uma série de problemas que podem comprometer consideravelmente as rotinas de ambos.
Ambos podem ter os seus sintomas tratados através de terapias de reposição hormonal orientadas por um médico especialista (endocrinologista ou, no caso das mulheres, também o ginecologista).

Diferenças entre menopausa e andropausa

Em primeiro lugar, enquanto a menopausa deixa a mulher infértil (já que ela para de ovular), a andropausa não compromete a fertilidade do homem.
O estrogênio cumpre algumas funções importantes no organismo e, portanto, sua queda acaba trazendo até mesmo um maior risco de doenças que pode acometer a mulher, enquanto a transição da andropausa já é menos danosa a longo prazo. Além disso, a diminuição é bem menos drástica para os homens.
Enquanto todas as mulheres, em algum momento da vida, irão passar pela menopausa, não são todos os homens que passam pela andropausa, de forma que pode existir homens que não sofram com essa queda.
Os próprios sintomas de cada um são diferentes.
Por exemplo, são sintomas da menopausa:
  • Fogacho (ondas de calor noturnas);
  • Queda na libido;
  • Ressecamento das mucosas, principalmente da parede vaginal;
  • Dores de cabeça;
  • Baixa autoestima e ganho de peso;
  • Aumento de problemas cardiovasculares;
  • Distúrbios do sono;
  • Mudanças rápidas de humor;
  • Acentuação ou surgimento da osteoporose;
  • Depressão e ansiedade.
Enquanto isso, a andropausa possui os seguintes sintomas:
  • Perda de cabelo acentuada, culminando em calvície;
  • Diminuição dos testículos;
  • Perda de memória;
  • Aumento de gordura e perda de massa muscular;
  • Suor noturno;
  • Tendência a anemia;
  • Irritabilidade;
  • Dificuldade de ereção.
Fonte:http://herborisa.com.br/blog/semelhancas-e-diferencas-entre-a-menopausa-e-a-andropausa/

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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Idosos órfãos de filhos vivos são os novos desvalidos do século XXI

Por Ana Fraiman, Mestre em Psicologia Social pela USP
Atenção e carinho estão para a alegria da alma, como o ar que respiramos está para a saúde do corpo. Nestas últimas décadas surgiu uma geração de pais sem filhos presentes, por força de uma cultura de independência e autonomia levada ao extremo, que impacta negativamente no modo de vida de toda a família. Muitos filhos adultos ficam irritados por precisarem acompanhar os pais idosos ao médico, aos laboratórios. Irritam-se pelo seu andar mais lento e suas dificuldades de se organizar no tempo, sua incapacidade crescente de serem ágeis nos gestos e decisões
A ordem era essa: em busca de melhores oportunidades, vinham para as cidades os filhos mais crescidos e não necessariamente os mais fortes, que logo traziam seus irmãos, que logo traziam seus pais e moravam todos sob um mesmo teto, até que a vida e o trabalho duro e honesto lhes propiciassem melhores condições. Este senhor, com olhos sonhadores, rememorava com saudade os tempos em que cavavam buracos nas terras e ali dormiam, cheios de sonho que lhes fortalecia os músculos cansados. Não importava dormir ao relento. Cediam ao cansaço sob a luz das estrelas e das esperanças.
A evasão dos mais jovens em busca de recursos de sobrevivência e de desenvolvimento, sempre ocorreu. Trabalho, estudos, fugas das guerras e perseguições, a seca e a fome brutal, desde que o mundo é mundo pressionou os jovens a abandonarem o lar paterno. Também os jovens fugiram da violência e brutalidade de seus pais ignorantes e de mau gênio. Nada disso, porém, era vivido como abandono: era rompimento nos casos mais drásticos. Era separação vivida como intervalo, breve ou tornado definitivo, caso a vida não lhes concedesse condição futura de reencontro, de reunião.

Separação e responsabilidade

Assim como os pais deixavam e, ainda deixam seus filhos em mãos de outros familiares, ao partirem em busca de melhores condições de vida, de trabalho e estudos, houve filhos que se separaram de seus pais. Em geral, porém, isso não é percebido como abandono emocional. Não há descaso nem esquecimento. Os filhos que partem e partiam, também assumiam responsabilidades pesadas de ampará-los e aos irmãos mais jovens. Gratidão e retorno, em forma de cuidados ainda que à distância. Mesmo quando um filho não está presente na vida de seus pais, sua voz ao telefone, agora enviada pelas modernas tecnologias e, com ela as imagens nas telinhas, carrega a melodia do afeto, da saudade e da genuína preocupação. E os mais velhos nutrem seus corações e curam as feridas de suas almas, por que se sentem amados e podem abençoá-los. Nos tempos de hoje, porém, dentro de um espectro social muito amplo e profundo, os abandonos e as distâncias não ocupam mais do que algumas quadras ou quilômetros que podem ser vencidos em poucas horas. Nasceu uma geração de ‘pais órfãos de filhos’. Pais órfãos que não se negam a prestar ajuda financeira. Pais mais velhos que sustentam os netos nas escolas e pagam viagens de estudo fora do país. Pais que cedem seus créditos consignados para filhos contraírem dívidas em seus honrados nomes, que lhes antecipam herança. Mas que não têm assento à vida familiar dos mais jovens, seus próprios filhos e netos, em razão – talvez, não diretamente de seu desinteresse, nem de sua falta de tempo – mas da crença de que seus pais se bastam.
Este estilo de vida, nos dias comuns, que não inclui conversa amena e exclui a ‘presença a troco de nada, só para ficar junto’, dificulta ou, mesmo, impede o compartilhar de valores e interesses por parte dos membros de uma família na atualidade, resulta de uma cultura baseada na afirmação das individualidades e na política familiar focada nos mais jovens, nos que tomam decisões ego-centradas e na alta velocidade: tudo muito veloz, tudo fugaz, tudo incerto e instável. Vida líquida, como diz Zygmunt Bauman, sociólogo polonês. Instalou-se e aprofundou-se nos pais, nem tão velhos assim, o sentimento de abandono. E de desespero. O universo de relacionamento nas sociedades líquidas assegura a insegurança permanente e monta uma armadilha em que redes sociais são suficientes para gerar controle e sentimento de pertença. Não passam, porém de ilusões que mascaram as distâncias interpessoais que se acentuam e que esvaziam de afeto, mesmo aquelas que são primordiais: entre pais e filhos e entre irmãos. O desespero calado dos pais desvalidos, órfãos de quem lhes asseguraria conforto emocional e, quiçá material, não faz parte de uma genuína renúncia da parte destes pais, que ‘não querem incomodar ninguém’, uma falsa racionalidade – e é para isso que se prestam as racionalizações – que abala a saúde, a segurança pessoal, o senso de pertença. É do medo de perder o pouco que seus filhos lhes concedem em termos de atenção e presença afetuosa. O primado da ‘falta de tempo’ torna muito difícil viver um dia a dia em que a pessoa está sujeita ao pânico de não ter com quem contar.
A irritação por precisar mudar alguns hábitos. Muitos filhos adultos ficam irritados por precisarem acompanhar os pais idosos ao médico, aos laboratórios. Irritam-se pelo seu andar mais lento e suas dificuldades de se organizar no tempo, sua incapacidade crescente de serem ágeis nos gestos e decisões. Desde os poucos minutos dos sinais luminosos para se atravessar uma rua, até as grandes filas nos supermercados, a dificuldade de caminhar por calçadas quebradas e a hesitação ao digitar uma senha de computador, qualquer coisa que tire o adulto de seu tempo de trabalho e do seu lazer, ao acompanhar os pais, é causa de irritação. Inclusive por que o próprio lazer, igualmente, é executado com horário marcado e em espaço determinado. Nas salas de espera veem-se os idosos calados e seus filhos entretidos nos seus jornais, revistas, tablets e celulares. Vive-se uma vida velocíssima, em que quase todo o tempo do simples existir deve ser vertido para tempo útil, entendendo-se tempo útil como aquele que também é investido nas redes sociais. Enquanto isso, para os mais velhos o relógio gira mais lento, à medida que percebem, eles próprios, irem passando pelo tempo. O tempo para estar parado, o tempo da fruição está limitado. Os adultos correm para diminuir suas ansiosas marchas em aulas de meditação. Os mais velhos têm tempo sobrante para escutar os outros, ou para lerem seus livros, a Bíblia, tudo aquilo que possa requerer reflexão. Ou somente uma leve distração. Os idosos leem o de que gostam. Adultos devoram artigos, revistas e informações sobre o seu trabalho, em suas hiper especializações. Têm que estar a par de tudo just in time – o que não significa exatamente saber, posto que existe grande diferença entre saber e tomar conhecimento. Já, os mais velhos querem mais é se livrar do excesso de conhecimento e manter suas mentes mais abertas e em repouso. Ou, então, focadas naquilo que realmente lhes faz bem como pessoa. Restam poucos interesses em comum a compartilhar. Idosos precisam de tempo para fazer nada e, simplesmente recordar. Idosos apreciam prosear. Adultos têm necessidade de dizer e de contar. A prosa poética e contemplativa ausentou-se do seu dia a dia. Ela não é útil, não produz resultados palpáveis.

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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

A poesia de Adélia Prado – 81 anos

Adélia Luzia Prado de Freitas, mais conhecida apenas como Adélia Prado, é uma poetisa, professora, filósofa e contista brasileira ligada ao Modernismo. Nasceu em 13 de dezembro de 1935 (81 anos). Com Adélia Prado abri este Blog Viva a Velhice e com ela marco os caminhos da transformação que 2017 nos indica.
Além desse prêmio, ela também recebeu da Câmara Brasileira do Livro, o Prêmio Jabuti de Literatura, com o livro “Coração Disparado”, escrito em 1978. Sua obra recria, a partir de uma linguagem despojada e direta, a vida e as preocupações dos personagens do interior mineiro. Conheça seus livros: 
Foi com esta sua obra de estreia, publicada pela primeira vez em 1976, que a autora deu as primeiras mostras de seu admirável talento. Os poemas de ‘Bagagem’ nasceram de um período em que Adélia escrevia incessantemente. Apesar de muitos e variados, abordando temas tão diversos quanto o amor carnal, o amor divino, a vocação do poeta, as cores e as dores da vida, os textos possuem uma unidade, uma fala peculiar



Neste livro, Adélia Prado descreve o seu mundo – uma cidade do interior -, a sua gente, a sua paisagem, numa linguagem ora comovida, ora indignada. Repleta de paixão e universalidade, ela cria música com seu lirismo.


Adélia Prado sabe como ninguém retratar a alma e os sentimentos femininos em seus poemas, contos e romances. Acostumada a verbalizar em sua obra a perplexidade e o encanto, norteados pela fé cristã e permeados pelo aspecto lúdico – uma das características de seu estilo único –, a poetisa mineira usa o mais comum da vida cotidiana em um tom doce e apaixonado para recriar a vida do interior mineiro por meio de uma linguagem inovadoramente feminina.
Oráculos de maio é o livro no qual a autora valoriza o cotidiano e o texto oralizado, fazendo uma homenagem à Virgem Maria e dedicando-lhe vários poemas.
Vencedor do Prêmio Jabuti em 1978, esse livroconsagrou a  autora como a voz mais feminina da poesia brasileira. “O Coração Disparado” aprofunda um dos temas que se tornariam marca de sua obra: a religiosidade.
Fonte: http://blog.estantevirtual.com.br/


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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Papa Francisco faz elogio à velhice

Em seu aniversário de 80 anos, papa Francisco faz elogio à velhice

“Velhice é uma palavra que assusta, mas pode também ser uma etapa a ser vivida com alegria”

No dia em que completa 80 anos, diante de cerca de 60 cardeais mais ou menos da sua faixa etária, Jorge Mario Bergoglio fez neste sábado um elogio da velhice e, de passagem, de um elemento que ele considera indispensável para vivê-la: o senso de humor. Durante uma missa na Capela Paulina do Palácio Apostólico, o papa Francisco admitiu: “Há alguns dias tem vindo à minha mente uma palavra que parece ruim e que assusta: a velhice. Ocorre-me aquele verso [de Ovídio]: ‘a passos silenciosos, a velhice avança na sua direção’. É um golpe! Mas é preciso vê-la como mais uma etapa da vida, com alegria, esperança. A velhice é sede de sabedoria. Esperemos que para mim também seja assim”.
Bergoglio começou a receber cumprimentos já na quarta-feira, quando houve a audiência aberta, embora tenha procurado contê-las com uma pequena brincadeira. “Vou contar uma coisa que fará vocês rirem”, avisou. “Na minha terra, parabenizar antes da hora dá azar, e quem dá parabéns antecipado é pé-frio”. Na missa deste sábado, o Papa pediu aos cardeais que orem para que a sua velhice seja “religiosa, tranquila, fecunda e também alegre”, pois “um pouco de senso de humor ajuda a seguir em frente”, acrescentou.
Desde que foi eleito papa, em 13 de março de 2013, Bergoglio vem mantendo uma agenda frenética, que não prevê feriados, férias no Ano Novo ou no verão. A semana de seu 80º aniversário não foi diferente. Basta observar o que fez nos últimos dias para identificar o fio condutor que tem marcado os seus três anos de pontificado. Na quinta-feira, por exemplo, o Papa visitou o hospital Bambino Gesù, pertencente à Santa Sé, e aproveitou seu encontro pastoral com dezenas de crianças doentes para advertir severamente aqueles que gerem esse tipo de instituição, marcado, em tempos recentes, pela corrupção.
“Vejam essas crianças”, disse o Papa. “Posso fazer negócios escusos com estas crianças? Não! Posso chegar ao fim do dia suado, sujo, cansado, com vontade de dizer um palavrão… e mandar alguém plantar batatas, sim, mas sem corrupção. O pior câncer em hospitais como este é a corrupção: que não aparece da noite para o dia, mas sim lentamente, hoje uma propina aqui, amanhã uma mordida ali, depois de amanhã um apadrinhamento acolá, e lentamente, sem se dar conta, se acaba na corrupção. As crianças não são corruptas. E neste mundo, em que tantos negócios são feitos com a saúde, em que tanta gente é ludibriada pela indústria da doença, o hospital Bambino Gesù precisa saber dizer não. Todos somos pecadores, sim, mas corruptos, jamais”.
No dia seguinte, sexta-feira, Bergoglio seguiu por outro rastro que tem marcado seu pontificado. O de transformar a poderosa diplomacia vaticana em capacetes azuis do diálogo. O Papa transformou a, em princípio, protocolar visita do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, em uma tentativa de destravar a relação com o ex-presidente Álvaro Uribe, que continua a se opor frontalmente ao segundo acordo de paz a que chegaram o Governo e as FARC.
Bergoglio se reuniu com os dois separadamente, depois fez com que sentassem juntos diante dele, para que falassem sobre os seus pontos de acordo e de suas divergências, mas que, pelo menos, se dirigissem um ao outro. Há quem analise os esforços diplomáticos do Papa em termos de êxitos ou fracassos – teve sucesso na aproximação entre os EUA e Cuba, o labirinto venezuelano parece não ter saída, a paz no Oriente Médio continua a ser uma utopia… –, mas, na perspectiva de Francisco, essa seria uma régua inadequada para avaliar suas ações.
Para além dos casos concretos, o mais importante é inocular nos lados em conflito a necessidade do diálogo e, assim, mandar uma mensagem para a máquina enrijecida do próprio Vaticano: para vencer, é preciso se arriscar, dar passos em falso, se equivocar, duvidar… Na quarta-feira, durante sua visita ao hospital infantil, uma enfermeira lhe perguntou: “Por que as crianças sofrem?”. Aflito, o Papa respondeu: “Não tenho uma resposta… Nem Jesus respondeu a essa pergunta…”.
É verdade que esse Papa que duvida – ou que prefere visitar a ilha de Lampedusa a passear em Milão, ou que reúne os prefeitos contestadores para eles peça aos seus Governos para acolher mais refugiados — não é do agrado dos cardeais mais retrógados e continua a encontrar resistências no Vaticano, onde as surpresas e as horas extras são coisas do demônio. Tampouco agrada àqueles que gostariam de maior rapidez no sentido de tirar as mulheres do lugar subalterno em que se encontram na Igreja ou que, do outro lado, o Papa dedique uma tarde inteira para almoçar com padres casados, suas esposas e filhos.
Um Papa contraditório e imprevisível que, no dia se seu aniversário, recebeu um telefonema de felicitações de Barack Obama enquanto tomava o café da manhã com oito moradores de rua no albergue de Santa Marta.
Fonte: http://brasil.elpais.com/ por  PABLO ORDA  em Roma 

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terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Como você se vê envelhecendo?

Ernest Hemingway uma vez disse que “todo homen jovem acredita que ele irá viver para sempre”. Independentemente das suas crenças, uma coisa é certa, todos nós estamos envelhecendo. A pergunta que se deve fazer é – como você quer envelhecer?

Para muitos de nós envelhecer é sinônimo de tristeza e angústia. Temos medo do envelhecer. Ao invés de nos orgulharmos do processo natural que é envelhecer, tememos cada aniversário que celebramos.

Ao invés de ver nossos últimos anos como uma época de colheita, crescimento e maturidade, temos medo de nos tornarmos infeliz e debilitados fisicamente e mentalmente. Ter uma vida longa passou a ser visto mais como uma maldição do que uma bênção.

Quando pensamos e imaginamos o nosso envelhecimento normalmente nos vemos doentes, com debilidades e deixados pela família. Poucas as pessoas conseguem se imaginar vivendo uma vida cheia de energia, ao lado de pessoas que gostam, fazendo atividades que lhe dão prazer, aproveitando momentos, rindo, descobrindo novos hobbies.

Dificulta viver em uma sociedade que tem tão pouco respeito com o envelhecimento. Mesmo que você tenha uma positiva perspectiva em relação a este assunto, a sociedade de maneira agressiva faz-lhe acreditar que pessoas com idade a partir de 50 anos são fracas, improdutíveis, mal humoradas e teimosas.

Estereótipos negativos sobre o envelhecimento são insidiosos. Um estudo publicado pela Sociedade Americana de Psicologia, concluiu que mesmo que você não tenha consciência, pensamentos negativos transmitidos pela sociedade podem enfraquecer sua saúde e ter consequências ainda maiores.

Na pesquisa, comprovou-se que a percepção da pessoa sobre envelhecimento tem maior impacto na saúde e em quantos anos a pessoa irá viver do que a quantidade de exercício, se a pessoa fuma ou se tem colesterol alto.



Quando desrespeitamos os mais velhos e agimos como se eles fossem invisíveis, ignoramos a realidade de que todos estamos envelhecendo.


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sábado, 4 de fevereiro de 2017

Mulheres precisam dormir mais que os homens

Você certamente já ouviu falar que as mulheres precisam dormir por mais tempo do que os homens.
Essa afirmação é resultado de uma pesquisa na qual a ciência provou que as mulheres têm a atividade cerebral mais complexa, o que subentende que elas precisam dar mais atenção ao sono.
Quem explica bem isso é o professor Jim Horne, diretor do Centro de Pesquisa do Sono da Universidade Loughborough.
Segundo ele, uma noite maldormida é ruim para todo mundo.
Mas, para as mulheres especificamente, causa estresse psicológico e aumento de sentimentos ruins, como depressão e raiva.
Entenda: durante o sono profundo, o cérebro tem a oportunidade de se recuperar do desgaste diário, o que é indispensável para renovar a memória, os pensamentos e a linguagem.
A lógica é simples: quanto mais usamos o cérebro durante o dia, mais tempo precisamos descansar.
No caso das mulheres, que costumam realizar várias tarefas diferentes ao mesmo tempo, sem dúvida, o sono é uma necessidade maior.
Isso não quer dizer que os homens não precisem de mais tempo de sono.
Quando um homem usa muito o esforço mental, toma bastante decisões e passa a maior parte do tempo realizando trabalhos complexos, com certeza ele precisa dormir mais do que a média masculina exige.
Porém provavelmente não necessitará tanto quanto uma mulher.
O que acontece é que o cérebro feminino é diferente, pois é submetido  a diversas atividades, e exige pelo menos 20 minutos a mais de descanso.
Ou seja, dormir 8h nem sempre será suficiente para elas.
Infelizmente, nem todo mundo tem tempo e qualidade de sono, principalmente quem mora em cidade grande.
Se você tem dificuldades para dormir, veja as orientações que trouxemos:
1. Tenha uma rotina de sono
Isso ajuda o cérebro a entender a hora que deve dormir e relaxar previamente.
2. Evite alimentos estimulantes, principalmente perto de dormir
Estamos falando de café, chocolate e alimentos açucarados, pois eles, ao invés de relaxar, despertam o corpo.
3. Faça meditação e/ou ioga
Estas atividades ajudam a combater insônia, ansiedade e estresse.  
4. Garanta a melatonina
Os especialistas afirmam que ela ajuda a dormir melhor e contribui para a nossa saúde.
Você pode adquirir a dose diária dessa substância dormindo bem à noite, num local escuro, ou tomando um suplemento.
Mas neste caso o seu médico deve prescrever a dosagem da suplementação.
Este é um blog de notícias sobre tratamentos caseiros. Ele não substitui um especialista. Consulte sempre seu médico.

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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Até 2020, a depressão será a doença mais incapacitante do mundo, diz OMS

Ela chega de mansinho, assim como quem não quer nada. Num dia, você acorda triste, desanimado. No outro, bate uma sensação de vazio e uma vontade incontrolável de chorar, sem qualquer motivo aparente. A depressão é assim, um mal silencioso e ainda mal compreendido – até mesmo entre os próprios pacientes.
Considerada um transtorno mental afetivo, ou uma doença psiquiátrica, a depressão é caracterizada pela tristeza constante e outros sintomas negativos que incapacitam o indivíduo para as atividades corriqueiras, como trabalhar, estudar, cuidar da família e até passear.
De acordo com OMS (Organização Mundial de Saúde), até 2020 a depressão será a principal doença mais incapacitante em todo o mundo. Isso significa que quem sofre de depressão tem a sua rotina virada do avesso. Ela deixa de produzir e tem a sua vida pessoal bastante prejudicada.

Atualmente, mais de 120 milhões de pessoas sofrem com a depressão no mundo – estima-se que só no Brasil, são 17 milhões. E cerca de 850 mil pessoas morrem, por ano, em decorrência da doença.
Descrita pela primeira vez no início do século 20, a depressão ainda hoje é confundida com tristeza, sentimento comum a todas as pessoas em algum momento da vida. Brigar com o namorado, repetir o ano escolar e perder o emprego são motivos para deixar alguém triste, cabisbaixo. Isso não significa, porém, que o sujeito está com depressão. Em alguns dias, ele, certamente, vai estar melhor.
O desconhecimento real do funcionamento desse transtorno afetivo é o principal responsável por um dos maiores problemas para quem sofre com a depressão: o preconceito. Para Marcos Pacheco Ferraz, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), ele ainda existe e prejudica muito o paciente.
– Principalmente no ambiente de trabalho, onde há competições e cobranças por bom desempenho, é comum as pessoas nem comentarem sobre a enfermidade. Nesses casos, o melhor é tirar férias ou licença médica.
E não é só isso. A ignorância em torno da doença faz com que familiares e amigos, na tentativa de ajudar, piorem ainda mais a condição do depressivo.
Frases como “tenha um pouco de força de vontade”, “vamos passear no shopping que melhora”, “você tem uma vida tão boa, tá com depressão por que?” e “se ocupe com outras coisas que você não terá tempo de pensar em bobagens”, funcionam como uma bomba na cabeça de quem já se esforça, diariamente, para conseguir sair da cama.
– Isso mostra que as pessoas não conhecem o transtorno. Achar que é frescura ainda é comum. Elas não imaginam que o paciente não consegue reagir. Não depende de força de vontade.
A designer C.N., 35 anos, que passou por uma depressão severa há alguns anos, sabe bem o que é isso. Mesmo trabalhando em um ambiente com pessoas bastante esclarecidas, ela cansou de ouvir esse tipo de comentário. E os efeitos eram devastadores. Ela conta que “até críticas sobre o meu médico eu ouvi. Uma colega disse que ele não devia ser bom, pois depois de um mês de tratamento eu já deveria estar curada.”
– É incrível o poder que algumas palavras tem sobre o doente. A primeira coisa que as pessoas perguntavam era o motivo da minha depressão, pois eu tinha uma vida tão boa, uma família, filha, um casamento bacana, um emprego legal. O fato de não ter uma explicação para a doença me deixava péssima. Era um sentimento de culpa enorme.

Por isso, Ferraz diz que é muito importante a participação da família no tratamento. Eles precisam saber o que devem e o que não devem fazer em relação ao doente. Para ele, “fazer com que todos entendam o mecanismo do transtorno e como agem os remédios é fundamental para o sucesso do tratamento. Ainda existe o mito de que antidepressivo vicia, o que é um grande engano.”
Fonte: http://www.revistapazes.com/ate-2020-depressao-sera-doenca-mais-incapacitante-do-mundo-diz-oms/

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